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terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Semáforo



Era para ser simples.

Uma caixa retangular, com três círculos de luzes coloridas e o objetivo de facilitar o acesso de passagens em zonas de intersecção.

Quando a luz vermelha está acesa, o condutor de um veículo deve parar e esperar que a luz verde acenda e, somente com a luz verde acesa, prosseguir. Entre o apagar da luz verde e acender a luz vermelha, geralmente acende outra luz, uma amarela que significa atenção, prepare-se para parar seu veículo.

A esse instrumento dá-se o nome de semáforo, conhecido também por sinal, farol, sinaleiro.
É utilizado em praticamente no mundo todo, mas parece que em Porto Velho, pelo menos nesta época, é confundido com enfeite de Natal.

Conta-se nos dedos os veículos que seguem a risca à sinalização.
Recentemente, em cinco minutos de trajeto, passei por três cruzamentos cujos semáforos ou já estavam ou ficaram naquele momento no vermelho e, somente eu parei. Confesso que cheguei a pensar: Será que estou confundindo as cores? Fiquei daltônica? As motocicletas, bom essas nem contam, passavam em disparada e os veículos que vinham atrás de mim passavam direto.

Não, não estava acessa aquela setinha verde para que os condutores que seguirem em frente passem e aqueles que pretendem virar a esquina, parem. Os semáforos estavam totalmente vermelhos, mesmo.

É incrível, como as pessoas agem como se não existissem os sinaleiros. Mas o mais preocupante é que, se os motoristas portovelhenses (me perdoem os que conhecem, pois há exceções) mal conhecem o funcionamento normal de um semáforo, o que pensam dos semáforos instalados recentemente, na rotatória da Campos Sales com a BR 364? Aqueles sim devem ser luzes natalinas, pois ficam vermelho e verde ao mesmo tempo.

Ali há dois semáforos para quem vem da mesma direção. Um para quem vai seguir a rotatória e outro para quem vai seguir a Campos Sales. Quando um fica verde e outro vermelho, todos seguem indiferentes ao alerta e ao caminho a seguir.

Logo na sequência todos ficam vermelhos, os dois para quem vem da avenida Campos Sales e o terceiro para quem vem da BR 364, sentido Rio Branco/Porto Velho.

Provavelmente essa deve ser a vez do pedestre, apesar de não haver nenhuma faixa de pedestre na via, mas ao parar quando esses semáforos estão vermelhos fica-se mais confuso ainda, pois te olham feio, xingam e ainda te ultrapassam para cometer a infração.

Porto Velho está crescendo e com ele os problemas típicos de uma cidade grande. Mas com a gama de veículos que estão chegando por conta das usinas a coisa começa a ficar mais complicada.

Hoje, quando menos se espera, há um veículo do seu lado. Se as pessoas que por aqui transitam não começarem a respeitar as regras, os acidentes aumentarão muito. E olha que já não são poucos.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O QUE É NATAL?


É Natal.
Nas ruas, correria, trânsito, lojas cheias.
Em casa o dilema: A ceia será na casa de quem? Quem vai fazer a sobremesa?
No trabalho, um misto de “preciso terminar logo isto” com doces e salgadinhos das confraternizações.
Todo mundo com sorriso estampado no rosto... mas com os nervos a flor da pele, porque queria muito estar na rua fazendo compras, também.

Mas eu gosto do Natal.
Não pq as pessoas ficam tomadas pelo espírito do sentimentalismo, porque isso deveria acontecer, naturalmente, todos os dias.
Nem porque as pessoas trocam presentes... mas ganhar presente é muito bom.

Natal me lembra infância e infância é pura. (pelo menos é para ser).
Está certo. Há pessoas que não acreditam no Natal porque não acreditam no nascimento de Cristo, ou mesmo porque não acreditam em Deus. É um direito de cada um.
Mas o que é o Natal?

Os mais de 90% da população brasileira, que se intitulam cristãos, diriam que é Natal é o nascimento do Menino Jesus.
As crianças??? Para elas (as mais abastadas, porque as outras nem sabem o que é Natal) o que conta é Papai Noel. (Até o amiguinho mais cético lhe diga que Papai Noel não existe).

Muitos diriam que Natal é Amor ao próximo. (Mas só no Natal???)
Para outros é tempo de reunir a família e os amigos.
Tempo de perdoar, de rever seus conceitos,
De preparar-se para mais um ano,
De fazer planos,
Mas, acima de tudo,
De recomeçar a viver.
Porque na vida, sempre há um recomeço.
Feliz Natal!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Encontro reúne “twitteiros” em Porto Velho


Foto: Eliane

O 1.º Encontro de Twitteiros Culturais (ETC), realizado dia 17 de dezembro, no Teatro Banzeiros, reuniu pessoas de alto nível para um bate-papo informal sobre o Poder de Informação no Twitter.


Realizado, em Rondônia, por Bethânia Diniz e Daiana Souza, o evento aconteceu simultaneamente, em Rio Branco, no Acre, sob o comando de Andrea Zílio

Para debater o tema proposto foram convidados: o jornalista, escritor, editor e empresário-chefe do Site de Informações Rondoniaovivo, Marcos Souza e professor assistente do Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Rondônia (Unir), mestre em Filosofia pela Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade do Estado de São Paulo (UNESP) -Campus Marília-SP, filósofo Vicente Marçal.

Para Marcos Souza o Twitter traz para o jornalista a possibilidade de se trabalhar em dois aspectos: o comercial, onde pode-se divulgar as noticias e o pessoal, onde o profissional pode expor suas idéias. “Estamos vivendo uma revolução”, disse o jornalista, lembrando que antes de tudo é preciso pensar nos receptores desse canal de informação.

Vicente Marçal levou a discussão para duas linhas de raciocínio: A construção coletiva do conhecimento, onde as pessoas adquirem rapidamente e de forma simultânea, conhecimento dos mais diversos segmentos, e o aspecto relacional, onde diferentemente do que pensam alguns, a internet não antissocializa as pessoas. Muito pelo contrário, aproxima mais e cria novos relacionamentos.

Um grande exemplo desse aspecto relacional está nesse mesmo grupo que, não satisfeitos em apenas trocar informações pela internet resolveram se conhecer pessoalmente no que eles chamam de "Twittercontro". Três já foram realizados em Porto Velho e, a cada um deles, o número de pessoas participantes aumentou.

Muitos, após se conhecerem nesse encontro, tornaram-se grandes amigos e normalmente são vistos juntos em atividades artísticas, literárias e culturais pela cidade.

O Twitter veio mesmo para revolucionar a internet, o meio de informação e as pessoas. Hoje, com o twitter, não há limites, mas deve haver respeito.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Rondônia conecta-se ao Acre para discutir Twitter

O 1.º Encontro de Twitteiros Culturais RO/AC (#ETC AC RO) acontece nesta quinta-feira dia 17, a partir das 19 horas, no teatro Banzeiros, em Porto Velho.

Realizado por Daiana Souza e Betânia Diniz o 1.º Encontro de Twitteiros vai reunir pessoas dos mais diversos pensamentos para discutir o tema “O Poder da informação no Twitter”.

O ETC é um encontro entre twitteiros que começou em São Paulo e Rio de Janeiro em outubro deste ano e se propagou para todas as capitais do país. É uma forma de encontrar pessoas para um bate-papo aberto e democrático sobre o Twitter e cultura. Uma

As responsáveis pela organização do ETC em Rondônia são Daiana de Souza e Bethânia Diniz. As duas tem se destacado na realização de diversas atividades, a exemplo das três versões do Twittercontros, realizados recentemente em Porto Velho.

O #ETC AC RO será realizado simultâneamente nas cidades de Porto Velho e Acre e deve reunir não somente pessoas que “tuitam” mas, também quem deseja conhecer esse fenômeno da internet.

Para quem não conhece, “tuitar” é o verbo mais conjulgado ultimamente. Vem do Twitter, uma ferramenta da internet, uma mídia social, um miniblog onde pessoas enviam mensagens, uma para as outras, em tempo real, em 140 caracteres.

Criado em 2006 por Jack Dorsey, Evan Williams e Christopher Isaac Stones, mais conhecido por Biz Stone, o Twitter surgiu com o objetivo de trocar mensagens entre amigos, respondendo a uma simples pergunta: O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AGORA?

Em pouco tempo de existência as pessoas foram percebendo que o twitter podia fazer muito mais do que apenas informar o que cada está fazendo. Tanto que hoje a frase mudou para: O QUE ESTÁ ACONTECENDO?

O #ETC AC RO discutirá o tema "O Poder da Informação no Twitter". O debate é democrático, assim como o Twitter e toda a platéia poderá participar.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Liberdade de imprensa, por Rodrigo Constantino

Rodrigo Constantino (*)

Nenhum governo gosta da liberdade de imprensa. Afinal, a imprensa investiga fatos, sendo importante fator de contenção do avanço do poder estatal sobre nossas liberdades. Governos com viés autoritário toleram ainda menos esta liberdade de investigar e criticar.

Não por acaso, todas as ditaduras tentam controlar a imprensa, vista como inimigo prioritário em seus projetos de poder absoluto.

Na América Latina, a liberdade de imprensa está cada vez mais ameaçada. Cuba representa a situação extrema, onde a distopia “1984”, de George Orwell, tornou-se realidade. Somente o governo divulga as “notícias”, enquanto a blogueira Yoani Sánchez sofre um ataque brutal apenas por tentar relatar o cotidiano da ilha. A Venezuela de Chávez caminha a passos largos nessa direção. Na Argentina, o casal K vem desferindo duros golpes nos principais veículos de imprensa. E no Brasil, desde a tentativa fracassada de controle através do Conselho Nacional de Jornalismo, o governo não desistiu do sonho de amordaçar a imprensa.

Eis o contexto da Conferência Nacional de Comunicações (Confecom), que será realizada no próximo dia 14 em Brasília. Sob o manto da “democratização” da imprensa, o governo pretende estender seus tentáculos por todo o setor, asfixiando sua liberdade. A resolução estratégica lançada pelo PT para o evento pode ser resumida em uma única palavra: censura. Aquilo que o partido chama de “controle social” nada mais é do que os antigos conselhos comunistas. A palavra final fica com o governo, o novo censor disfarçado de
“fiscal” da transparência.

Eufemismos, no entanto, não podem ocultar a natureza da coisa.

Existem diversas formas de o governo tentar manipular a imprensa. A mais óbvia é através de suas polpudas verbas de propaganda, incluindo as estatais. Num país com enorme presença do governo na economia, este fator merece destaque. O cão não morde a mão que o alimenta.

Além disso, o governo decide sobre as concessões, mantendo as empresas como reféns. Essa tem sido a arma preferida do caudilho Chávez.

Por fim, num país com excesso de leis e burocracia, onde o custo da legalidade plena é praticamente proibitivo, o governo sempre pode ameaçar as empresas com o achaque dos fiscais. Cristina Kirchner usou essa tática contra o “Clarín”.

O arsenal de munições do governo é vasto. Até mesmo uma herança da ditadura Vargas sobrevive, a “Hora do Brasil”, que invade as rádios do país todo na hora do “rush”. Um canal “chapabranca” de televisão também foi criado, mas felizmente o público o ignora por completo. O custo acaba sendo “apenas” os impostos cobrados para sustentar a máquina de proselitismo.

Agora o governo tenta uma vez mais controlar a imprensa.

Em “Areopagítica”, publicado em 1644, John Milton defendia que cada um pudesse julgar por conta própria o que é bom ou ruim: “Todo homem maduro pode e deve exercer seu próprio critério.” Para ele, a censura “obstrui e retarda a importação da nossa mais rica mercadoria, a verdade”. Thomas Jefferson, influenciado por tais ideias, afirmou que escolheria uma imprensa sem governo no lugar de um governo sem imprensa, se tivesse que decidir.

Por outro lado, Trotsky e Lenin consideravam a imprensa uma arma perigosa, e desejavam proibir a circulação de jornais “burgueses”. A História mostrou os riscos dessa mentalidade.

Nós não precisamos do filtro do governo na imprensa. O que precisamos é de mais liberdade ainda. Se alguns grupos concentram muito poder por conta de seu tamanho, então a solução é mais competição, não mais governo.

(*) Rodrigo Constantino é economista. Artigo publicado em O Globo na edição do dia 08/12 e no site Comunique-se Portal da Comunicação (http://www.comunique-se.com.br/index.asp?p=Conteudo/NewsShow.asp&p2=idnot%3d54451%26Editoria%3d237%26Op2%3d1%26Op3%3d0%26pid%3d238612%26fnt%3dfntnl&rss=on)

Este é um artigo com a opinião do autor e não traduz o pensamento deste Blog.