Ouvi alguns comentários de pessoas que assistiram ao filme “O Artista”, de Michel Hazanavicius, e para meu espanto, muitos estavam decepcionados pelo simples fato de ele ser mudo e em preto branco. “Não merecia o Oscar”, disseram. Ledo engano. O filme, vencedor do Oscar 2012, tem como protagonistas: Jean Dujardin, no papel do galã do cinema mudo da década de 1920, George Valentin; Bérénice Bejo interpretando Peppy Miller, a estrela do inovador cinema falado - “as pessoas estão cansadas de atores velhos fazendo caretas... abram espaço para os novos”, diz a personagem em uma das cenas; e o encantador Uggie, um cão da raça terrier que deverá, inclusive, ganhar biografia própria.
George Valentin e Uggie levavam a platéia ao delírio |
Quem era aquela moça? |
Em uma dessas apresentações George esbarra acidentalmente em uma fã, Peppy Miller, uma jovem moça que tencionava a carreira de atriz. Mediante os flashs da imprensa o casal é fotografado com a moça dando-lhe um beijo no rosto, o suficiente para alardear o mundo real e virtual: quem era aquela moça? Com o avanço da tecnologia o cinema começa a mudar e o mundo exige som e voz nas telas, o que deu início à queda de George Valentim e à ascensão de Peppy Miller.
Uggie, companheiro fiel. |
E assim, o filme vai se compondo, com belíssimas fotografias, dignas da era de ouro do cinema e da fotografia em preto em branco. Mesmo com todo o modernismo tecnológico, as imagens em 3D e os efeitos cada vez mais especiais da nova era cinematográfica, vale a pena render-se ao mudo e descolorido filme “O Artista”.
Trailler: O ARTISTA (2011)
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