A data de 25 de dezembro para celebrar o Natal como festa religiosa cristã foi estipulada pela Igreja Católica, no ano de 350, para substituir a festa pagã da Saturnália, celebrada pelos romanos para homenagear o deus Saturno. Era uma festa de quatro dias de duração, entre 17 e 25 de dezembro. Ninguém trabalhava, visitava-se amigos, trocava-se presentes e até aos escravos era permitido fazer o que lhe aprouvesse.
Buscando a aceitação do cristianismo pelos pagãos, a Saturnália foi substituída pelo Natal, sendo estipulada a data de 25 de dezembro como o dia do nascimento de Jesus. Ainda assim, por 15 séculos, as festividades Natalinas mantiveram as características pagãs.
Desde o dia de seu estabelecimento o Natal era visto como uma comemoração cristã, dedicada à devoção, mas também como uma festa de muita alegria e diversão desregrada. A festa era celebrada com espetáculos parodiando tudo que fosse sério à sociedade e o show apresentado trazia uma criança em um berço rodeada pela Virgem Maria e São José, semelhante ao que conhecemos no presépio. Era costume dessa época, que os bispos e o clero se juntassem à população para entoar os chamados Hinos de Natal. Mas, com o tempo, a festa cristã foi dando cada vez mais espaço à fartura de comida e bebida, às regalias, à diversão, deixando de lado o verdadeiro motivo da criação do Natal.
Nos dias atuais o verdadeiro espírito natalino parece estar em extinção, dando lugar ao espírito consumista. Mas não podemos deixar de ver que, apesar desse lado negativo que tornou as comemorações em evento material, há muitos lados positivos. É no Natal que a grande maioria das famílias procura reunir seus entes queridos, trocar afagos, perdoar mágoas passada e confraternizar-se com o coração cheio de amor e uma imensa alegria. É esse também o período onde o espírito fraterno se faz mais presente, quando muitos se unem buscando o alívio do sofrimento de pessoas menos favorecidas, oferecendo roupas, comida, um afago... Parece ser o momento onde os olhos passam a enxergar aquilo que nem sempre é visto durante todo o ano.
Claro que essa deveria ser a atitude de todos nos 365 dias do ano, mas é melhor um dia do que nenhum, não é verdade? Assim o Natal torna-se um dia importante, onde os corações estão mais abertos e as pessoas mais acessíveis. Onde a energia que emana no ar traz a sensação de amor, de compaixão, de doação de si mesmo. É a energia boa que contamina as pessoas. É a luz do mundo iluminando o caminho que deveremos sempre seguir. Afinal, disse Jesus falando ao povo: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida”. (João 8:12)
Por Wania Ressutti
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